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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ANIMAÇÃO PARA ENCHER OS OLHOS


Por Eduardo Girão
Sem dúvida alguma, Megamente (Megamind, Estados Unidos, 2010) é um filme engraçado que agrada toda a família. A presença do ator Will Ferrell, que faz a voz do vilão, é um show à parte. Está praticamente em todas as cenas, chamando mais a atenção que Brad Pitt que dubla Metro Man - personagem cujos dotes físicos lembram aos do galã americano. Não sei por quê?
O que não falta para Megamente é inteligência. Dono de um cérebro privilegiado, ele deseja conquistar a cidade de Metro City. Ao som de Guns n' Roses ("Welcome to the Jungle"), faz diversas tentativas, como era de se esperar, algumas frustradas. Seja pela pronúncia aleatória das palavras ou pelas atrapalhadas de seus robôs, não há nunca um momento maçante quando o super-vilão está ao redor.
Agredido por outros garotos na infância, Megamente descobre que a única coisa que sabe fazer é ser mau. O problema é que seus planos diabólicos falham constantemente. Muitos, frustrados por seu arqui-inimigo Metro Man, protetor de Metro City. Nem isso o abala, já que as grades das prisões não podem segurá-lo. A única coisa que o tira do sério é a falta de um super-herói forte o suficiente para detê-lo. Para ele, todo vilão precisa ter oponentes à altura para que a vida tenha sentido.
Em alguns momentos do filme, a ação dá espaço para o romance. Tudo bem, o roteiro compensa o ato falho por ser bem desenvolvido, fluir naturalmente sem que ninguém perceba isso. Sem exagero, as ações em 3D são de encher os olhos. E melhor, não causam dor de cabeça depois. Megamente não é tão bom quanto Os Incríveis, mas o diretor Tom McGrath e sua equipe conseguiram fazer algo surpreendentemente inteligente, divertido e visualmente interessante.

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