O UIVO DA FERA

Por Eduardo Girão

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Lobisomem é um ser lendário que permeia o imaginário popular desde a Grécia Antiga. Segundo a tradição, qualquer homem que é mordido por um lobisomem pode se transformar em lobo em noites de lua cheia, só voltando à forma humana ao amanhecer. No mundo todo, existem muitas versões da lenda. Uma das mais conhecidas diz que um lobisomem leva a maldição por toda a vida até ser alvejado por uma bala de prata. O filme The Wolfman (Reino Unido/USA/2010) retoma a história original da fera numa espécie de homenagem ao clássico de 1941, estrelado por Lon Chaney Jr.

Na refilmagem do diretor Joe Johnston, o suspense é mantido em sequências de cenas ambientadas na Inglaterra Vitoriana. Sob a lua cheia, os cenários e as paisagens reforçam ainda mais o clima de terror que essas criaturas exercem sobre nós. O ator Benício del Toro faz o papel de Lawrence Talbot, um homem atormentado por um conflito do passado envolvendo o próprio pai (interpretado pelo premiado ator Anthony Hopkins). Para desvendar a morte do único irmão, Lawrence retorna da América à Terra Natal e acaba se apaixonando pela noiva do irmão assassinado.

O talento, o carisma e a experiência de Del Toro e Hopkins ajudam a manter o interesse do público na película e a arrecadar uns trocados a mais na bilheteria. Com um ar inocente e ingênuo, a bela atriz Emily Blunt também convence os mais exigentes dos críticos. Hugo Weaving (Matrix) acerta como um típico detetive inglês do século XIX. Mas, acostumados a nova geração de monstros 3D de Hollywood, muitos espectadores “torceram o nariz” para o longa. O motivo do descontentamento: pouca quantidade de efeitos especiais, principalmente durante a tranformação dos personagens em lobo.