Por Eduardo Girão
O filme Nosso Lar bateu, com apenas quatro dias de exibição, a marca de 1 milhão de espectadores. É um feito inédito no cinema brasileiro recente. Chico Xavier, que também retrata o espiritismo e é o recordista de bilheteria do cinema nacional neste ano, chegou ao mesmo resultado em uma semana. As duas produções têm em comum um tema que traz bastante curiosidade e controvérsias para a maioria das pessoas: a vida após a morte.
O filme Nosso Lar bateu, com apenas quatro dias de exibição, a marca de 1 milhão de espectadores. É um feito inédito no cinema brasileiro recente. Chico Xavier, que também retrata o espiritismo e é o recordista de bilheteria do cinema nacional neste ano, chegou ao mesmo resultado em uma semana. As duas produções têm em comum um tema que traz bastante curiosidade e controvérsias para a maioria das pessoas: a vida após a morte.
É do saber de todos que judeus, católicos, protestantes, umbandistas - entre outras crenças - não comungam das mesmas explicações sobre o assunto. Respeitando as diferenças, cada uma das religiões segue suas doutrinas levando a palavra de Deus aos “corações” de homens sedentos por respostas. Na visão espirita kardecista, porém, as indagações parecem ser mais fortes sobre o que acontece no outro lado. Para os espíritas, a vida continua mesmo após a morte da matéria (corpo). Sem dúvida, essa reflexão leva conforto, principalmente para os familiares que perderam seus entes queridos. Talvez essa seja a resposta para o grande número de espectadores nas salas de exibição em todo o país. Não que o longa-metragem seja superficial, ruim ou coisa parecida. É até bom de se ver. Imagina vislumbrar uma oportunidade de moradia que vai além das dimensões terrenas!
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Nosso Lar, do diretor Wagner de Assis, inspirado em obra homônima de Chico Xavier, conta a história do médico André Luiz que ao abrir os olhos percebe que está morto. Ao seu redor, um lugar escuro que mais parece o inferno - marcado por gritos e seres que vivem à sombra. As dúvidas e as dores intensificam-se a cada momento. Mas algo bom irá acontecer que fará com que ele aprenda sobre a vida, amor e perdão. É essa mensagem de luz que o filme transmite em quase duas horas de exibição. A produção de R$ 20 milhões, considerada a mais cara do país, é também uma das mais esteticamente respeitáveis. Cenários deslumbrantes e efeitos especiais comparáveis aos dos americanos.
Participaram da produção do filme o fotógrafo suíço Ueli Steiger (de Godzilla e 10.000 a.C.), os canadenses da Intelligent Creatures para os efeitos especiais (de Hairspray e Watchman), a diretora de arte brasileira Lia Renha (de Auto da Compadecida e Hoje é Dia de Maria) e o músico Philip Grass (de O Ilusionista e O Sonho de Cassandra). No elenco, destaque para a atuação de Fernando Alves Pinto, Ana Rosa e Werner Schünemann. Os atores Renato Prieto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Clemente Viscaíno, Othon Bastos e Paul Goulart cumprem bem o seus papéis.
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